Pesquisadoras debatem sobre a privatização da Petrobras no Amazonas

Carla Borges Ferreira, Isadora Coutinho
Pesquisadoras debatem sobre a privatização da Petrobras no Amazonas

As pesquisadoras do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural de Bicombustíveis, Carla Borges Ferreira e Isadora Coutinho, participaram do debate sobre a privatização de unidades da Petrobras no Amazonas, na audiência pública virtual promovida pela Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em conjunto com o Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM). A audiência foi presidida pelo deputado estadual Sinésio Campos, do PT.

 

 

Pesquisadoras debatem sobre a privatização da Petrobras no Amazonas

Foto: Reprodução YouTube.

A primeira a falar pelo Ineep foi a pesquisadora Carla Ferreira que explicou a composição do preço dos combustíveis, o preço de paridade de importação e as alternativas à atual política de preços. Carla destacou que países que produzem mais petróleo que consomem geralmente adotam quase que o congelamento dos preços dos combustíveis ou reajustes mais controlados para seus mercados domésticos. Sobre a importação de combustíveis do estado do Amazonas, Carla aponta:

 

 

O que a gente verificou é que, de trajetória nos últimos anos, uma maior participação da importação de óleo diesel nas importações do estado [Amazonas]. Isso se deu pelo ganho de mercado pela desmobilização na Reman [Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus]. Então, quando você deixa de refinar, você abre espaço para os importadores trazerem combustível externo.

 

A pesquisadora Isadora Coutinho analisou os impactos da política atual de preços da Petrobras nos atores da cadeia de abastecimento de combustíveis no Brasil. Isadora destacou a complexa cadeia de comercialização brasileira de combustíveis, a evolução da capacidade de refino e da carga processada na unidades da Petrobras. Sobre isso, Isadora deixou claro que:

 

A política de Petrobras acaba se inserindo em um contexto mais amplo de desinvestimentos da estatal. No bojo disso tudo, há redução de investimentos em refino e o processo de ampliação da capacidade ociosa das refinarias.

 

 

Comunicação Ineep

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