Coordenador do Ineep fala na Câmara de Vereadores do Rio

Rodrigo Leão
Imagem na cor azul escuro, com o logotipo do Ineep ao centro.

Em palestra, hoje (02/02), na reunião da Comissão de Representação nº 10383/2021 da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, que tem como finalidade de acompanhar e promover estudos relativos ao papel institucional da Câmara Municipal para desenvolvimento econômico e tributário, visando a recuperação e o equilíbrio das finanças da capital Fluminense, o coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) Rodrigo Leão alertou para necessidade de o município do Rio de Janeiro se planejar para um futuro sem petróleo e, portanto, sem royalties:

 

“A experiência do Norte Fluminense deixa uma lição importante: sem esse planejamento, haverá certamente uma crise fiscal no futuro, quando a produção do pré-sal se reduzir”.

 

Números recentes justificam o desafio que o Rio, em situação ainda confortável com o aumento da produção no pré-sal, tem pela frente. Em 2020, o município arrecadou R$ 288 milhões com os royalties gerados pela produção de petróleo no litoral fluminense, contra R$ 100 milhões, em 2015. No entanto, o município de Campos dos Goytacazes saiu de R$ 695 milhões, em 2015, para R$ 463 milhões em 2020.

 

O impacto da redução das atividades da Petrobras na Bacia de Campos tem sido significativo no Norte Fluminense, se refletindo negativamente sobre arrecadação de royalties, geração de impostos e empregos. Em 2019, as atividades da Petrobras em exploração e produção na Bacia de Campos somaram US$ 3,2 bilhões contra 8,3 bilhões em 2014. Ou seja, a queda foi de 61,4%. Os investimentos da estatal em exploração e produção de petróleo na área do pré-sal, que abrange uma parte do litoral fluminense, passaram de US$ 15,5 bilhões, em 2014, para US$ 7,1 bilhões em 2019, redução significativa com efeitos sobre as atividades econômicas das regiões no entorno da área produtora.

 

Comunicação Ineep

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