A transformação mundial e a ressurreição russa do século XXI
“A Rússia foi ignorada durante os anos 1990. Os líderes ocidentais deram por assentado que os dias da Rússia como grande potência haviam acabado, e seus interesses já não precisavam ser levados em conta, mesmo quando importantes decisões de política externa tivessem que ser tomadas”. David McNabb, “Vladimir Putin and Russia’s Imperial Revival”, New York,[...]
Impactos da “flexibilização” do Conteúdo Local, dos royalties e do Repetro
No próximo dia 27 de setembro a Agência Nacional do Petróleo (ANP) realiza a 14ª Rodada de Licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural em bacias sedimentares marítimas (pós-sal) e terrestres. Essa será a primeira rodada licitatória após: I) a nova estratégia de negócios da Petrobras (PNG 2007-2021), que está[...]
Os conflitos de interesse na Petrobras
Há mais de duas décadas a política macroeconômica tem sido orientada por juros elevados e câmbio valorizado, em um cenário internacional marcado, do ponto de vista financeiro, pelas oscilações dos ciclos de liquidez e, do ponto de vista produtivo, pela emergência das cadeias globais de valor. Essa combinação de fatores contribuiu[...]
O lugar da Rússia e da guerra na nova estratégia global dos EUA
A polarização da sociedade americana, e a luta fratricida de suas elites, neste início do século XXI devem prosseguir e aumentar sua intensidade nos próximos anos, mas não devem alterar a direção, nem a velocidade do crescimento do poder militar global, dos Estados Unidos. Este tipo de divisão e luta interna, não é um fenômeno[...]
A festa das importadoras estrangeiras no mercado de derivados de óleo e gás no Brasil
O processo de abertura do setor de óleo e gás anunciado pela atual gestão Temer/Parente tem avançado a passos largos a partir (i) de mudanças nos marcos regulatórios da exploração de petróleo, (ii) do encolhimento das frentes de atuação da Petrobras, (iii) e da substituição das diretrizes de soberania energética e autossuficiência nacional em petróleo[...]
Carta Capital
A Total, a Petrobras e a abertura de mercados
Nos últimos meses, propagandas da empresa francesa Total têm estampado as paredes dos mais diversos aeroportos brasileiros, bem como tem sido comum encontrar diversas notícias relacionadas à entrada da empresa no Brasil. Esses movimentos não refletem somente uma “ação pontual” da Total, mas uma estratégia de longo prazo de forte diversificação e internacionalização das empresas[...]
Relatório de Sustentabilidade 2016 da Petrobras: mais para o mercado e menos para o Brasil
O Relatório de Sustentabilidade (RS) 2016 da Petrobras – que divulga as principais informações a respeito da geração de valor e da sustentabilidade da empresa nas dimensões social, cultural, ambiental e econômica –, divulgado recentemente de forma discreta, revela uma mudança na estratégia da empresa que cada vez mais se orienta (i) pelo mercado e[...]
Portal GGN
A substituição da política de conteúdo local pelo conteúdo internacional
A partir da descoberta do pré-sal em 2007, o governo brasileiro estruturou um conjunto de políticas visando ancorar à imensa descoberta de petróleo o desenvolvimento da indústria nacional. Em outras palavras, aproveitando-se das oportunidades e das necessidades de longo prazo criadas pela descoberta do pré-sal, o governo elaborou duas grandes iniciativas a fim de fortalecer[...]
Carta Capital
A irracionalidade dos desinvestimentos da Petrobras
Na quinta-feira (11), a Petrobras divulgou os resultados financeiros e operacionais do segundo trimestre de 2017. Embora os principais analistas tenham destacado a redução do lucro líquido motivada pelos itens extraordinários, principalmente os gastos tributários oriundos do Programa de Regularização Tributária, poucos têm observado a evolução dos resultados operacionais. Esse aspecto da análise é[...]
Política de desenvolvimento da Petrobras: liderança tecnológica em risco
Embora a Petrobras e o Brasil possam se consolidar em posições de liderança tecnológica em termos mundiais no setor de petróleo e gás, esse futuro promissor está ameaçado, pois as políticas de desinvestimento da estatal realizadas pela gestão atual afetam negativamente o desenvolvimento de novas tecnologias. Abandonar esta atividade é comprometer o futuro da empresa.[...]
A transformação mundial e o “fenômeno Trump”
“O aparecimento de uma potência emergente é sempre um fator de desestabilização e mudança do sistema mundial, porque sua ascensão ameaça o monopólio das potências estabelecidas. Na verdade, porém, os grandes desestabilizadores do sistema são os próprios estados líderes ou hegemônicos, pois eles não podem parar de se expandir para manterem sua hegemonia – e[...]
A Petrobras e a “mão invisível” do agronegócio
Ao longo do último ciclo de crescimento econômico e de expansão dos investimentos no Brasil, sobretudo entre 2005 e 2012, a Petrobras exerceu um papel fundamental que só pôde ser cumprido graças a uma concepção de empresa integrada, atuando “do poço ao posto”, como núcleo dinamizador do projeto de desenvolvimento industrial e tecnológico do País.[...]
Endividamento da Petrobras: mitos e verdades
Pedro Parente, presidente da Petrobras, em entrevista ao Correio Braziliense em 04.12.2016, afirmou que: “a corrupção destruiu a Petrobras. Faz seis meses que estou na empresa. Acabou a bandalheira”. Aproveitando-se da perplexidade da população a respeito da corrupção na empresa, seu atual presidente construiu e reforçou essa narrativa, criando o seguinte mito: a corrupção teria[...]
O abandono do Prominp e o retrocesso da política de qualificação profissional
Ao longo dos anos 1990, quando o Brasil passou a conviver com elevadas taxas de desemprego e forte precarização do emprego, cresceram os estudos sobre as transformações observadas no mercado de trabalho naquele período. Uma das teses mais defendidas no meio empresarial e na grande mídia foi que os problemas observados no mercado de trabalho[...]
As mudanças recentes no refino brasileiro: uma bomba perto de explodir
Desde o início do governo Temer uma das prioridades da sua agenda econômica tem sido a forte abertura do setor petróleo. Para isso organizou-se, por um lado, uma célere reconstrução da (des)regulação do setor e, por outro, um programa agressivo de venda de ativos da Petrobras na tentativa de atrair capital privado para o setor.[...]