Petrobras tem de associar política de preços à estratégia de desenvolvimento do Brasil
É importante mudar a política de preços da Petrobras, mas também é importante que a empresa retome seu papel na estratégia de desenvolvimento nacional, articulando emprego , renda e lucro, mas não o lucro máximo. Esta foi uma das mensagens do pesquisador do Instituto de Pesquisas de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Eduardo Costa Pinto, em entrevistas concedidas ao longo da última semana.
As alterações no comando da Petrobras, a atual política de preços, a privatização das refinarias, o quadro político-econômico do país e possíveis cenários para o governo de Jair Bolsonaro na estatal foram temas de entrevista de Costa Pinto à TV-247 (20/02) e à Radio Com Pelotas (25/02). Ele falou à TV-247:
“Com esta política de preços, a Petrobras beneficia muito mais os acionistas privados, maximizando o lucro, em detrimento de uma piora dos ganhos para o conjunto da sociedade”
Para Costa Pinto, também professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a mudança na direção da estatal, com a troca de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Longa poderá significar uma mudança na política de preços, mas não necessariamente na estratégia de privatização que vem sendo adotada pelo governo de Bolsonaro.
Ele acrescentou:
“A venda das refinarias criará uma Petrobras desintegrada, que vai ficar mais refém do mercado internacional”, alertou o pesquisar, recorrendo aos resultados positivos que a empresa obteve, em 2020, com as exportações de combustíveis, apesar de os preços do petróleo terem despencado no início da pandemia. “A teoria diz que as grandes empresas de petróleo devem ser integradas para reduzir possíveis riscos com oscilações de preços”
Assista a entrevista no TV-247 na íntegra:
Comunicação Ineep
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