Rodrigo Leão ao Estadão: Petrobras continuará sendo empresa suja na próxima década

Imagem na cor azul escuro, com o logotipo do Ineep ao centro.

Ninguém deve esperar por uma transformação das grandes petrolíferas mundiais para a próxima década. Esta é a avaliação do economista Rodrigo Leão, coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).

 

 

Leão foi ouvido pela jornalista Fernanda Nunes, do jornal O Estado de S.Paulo. O jornal noticiou nesta terça-feira (29) que o Oil Change International (OIC) divulgou neste mês um relatório sobre o efetivo compromisso das grandes empresas de petróleo americanas (Chevron e ExxonMobil) e europeias (British Petroleum, Equinor, Repson, Shell, Eni e Total) com os efeitos das mudanças climáticas. Segundo a OIC, que é um instituto de pesquisa especializado na indústria de petróleo, nas empresas pesquisadas a produção de petróleo – e, portanto, a emissão de carbono na atmosfera – tende a crescer até 2030. A Petrobras, que não foi incluída no estudo, segue no mesmo caminho.

 

 

Próxima década seguirá sendo de empresas sujas

“A exemplo das multinacionais, a Petrobras vai seguir com foco na produção de petróleo. A diferença da estatal para as outras empresas, principalmente as europeias, é que planeja se ausentar por completo da indústria de geração de energia limpa. Em todo caso, tanto a Petrobras quanto as multinacionais continuarão sendo empresas sujas na próxima década.”

disse Rodrigo Leão ao jornal.

 

 

Segundo o relatório da OIC,

“quase todas as grandes empresas de petróleo e gás vão contribuir ainda mais com a crise climática até 2030. Nenhuma delas liberou um compromisso ou plano de sustentabilidade que atenda aos critérios mínimos de alinhamento com o Acordo de Paris. Os governos vão precisar intervir para assegurar uma eliminação gradual (dos fósseis) que reflita a urgência e a ambição dos limites de temperatura (previstos no acordo)”.

 

 

Mesmo a produção de gás natural, considerado por especialistas como estratégico na transição para uma matriz energética mais limpa, deve perder força até 2030. O Estadão informa que somente a British Petroleum, a ExxonMobil e a Shell planejam crescer neste segmento.

 

 


 

 

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