Orçamento do setor energético cresce para facilitar privatizações
O projeto de lei orçamentária do governo federal prevê um aumento de 80% no orçamento discricionário do setor de Minas e Energia para o próximo ano. William Nozaki, cientista político e pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos do Petróleo e Gás Natural (Ineep) analisou a peça e afirma:
“Esse aumento não é destinado para a melhora da qualidade ou baratear o acesso à rede de energia ou do gás, nem para buscar novas reservas de petróleo. Não. É pra fazer o saneamento econômico da Eletrobrás e da Nuclebrás para viabilizar as privatizações”.
Para Nozaki, a peça orçamentária do governo federal para 2019 revela a visão de mundo do ultraliberalismo do Paulo Guedes e é inexequível.
“É uma visão orientada para o estado mínimo para políticas públicas e estado máximo para o aparelho de monopólios burocráticos e administrativos. E é inexequível porque não tem capacidade para lidar com os desafios que estamos vivendo”.
O pesquisador observa que todas as áreas destinadas a produzir políticas públicas destinadas a atender a demandas da população estão sofrendo cortes em nome de um ajuste fiscal que não é exequível. Por outro lado,
“os aumentos acontecem nas áreas meio – aquelas destinadas a manter o monopólio da burocracia estatal – como Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União, Defesa e setores onde há uma pressão mais intensa de setores econômicos organizados, como o agronegócio”.
As declarações foram feitas durante debate com o economista Marcio Pochmmann nesta quinta-feira (10). Durante sua fala, Nozaki conclui que a peça orçamentária do govern
“revela essa visão de mundo do ultraliberalismo exagerado de Paulo Guedes, uma visão orientada para o estado mínimo para políticas públicas e estado máximo para o aparelho de monopólios burocráticos e administrativos”.
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