Nozaki fala em novo desenho geopolítico após pandemia
Em entrevista exclusiva ao Opera Mundi, William Nozaki afirma que os efeitos da pandemia no setor energético colocam EUA ‘em condições difíceis’ e aumentam as expectativas ao redor do papel chinês no cenário global pós-Covid 19. O pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos do Petróleo (Ineep) conversou com o repórter Lucas Estanislau sobre o cenário geopolítico que deve surgir nos próximos anos.
Sobre ameaças à hegemonia norte-americana e uma ultrapassagem da China no cenário global, o diretor do INEEP acredita que “os EUA não ocupam mais o papel internacional de guardiães do mercado globalizado e dos valores democráticos”, enquanto a “China emerge como epicentro de um modelo baseado na articulação entre planejamento estatal e crescimento industrial”.
“Em meio à pandemia, a mensagem de Trump para o mundo foi a reafirmação do ‘America First’, ao passo que a mensagem de Xi Jinping foi ‘somos ondas do mesmo mar’; enquanto o primeiro fecha fronteiras, o segundo reinaugura a Nova Rota da Seda. Uma mudança dessa monta é um processo de longuíssima duração e que só acontece em meio a ações, reações, tensões e conflitos”, disse Nozaki.
Sobre o papel da América Latina nesse cenário, o especialista afirma que o “continente americano e o Atlântico são pontos estratégicos para a geopolítica do petróleo” e que a região “é um tabuleiro fundamental para a geopolítica do petróleo no século XXI”.
Leia a entrevista na íntegra no site do Opera Mundi
Comunicação Ineep
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