Ineep em O Globo: Haverá pressão por alta dos combustíveis

Rodrigo Leão
Ineep
Haverá pressão por alta dos combustíveis
Haverá pressão por alta dos combustíveis

Foto: Loïc Manegarium / Pexels.

O ataque de drones estadunidenses que matou o maior comandante militar iraniano na sexta-feira passada (3) levantou preocupações em todo o mundo. O general Quassim Suleimani é apontado pelos Estados Unidos como responsável por centenas de mortes de civis e militares norte-americanos. Ele foi morto em um ataque de drones, quando deixava um aeroporto iraquiano, provocando fortes reações tanto no Irã como no Iraque, que anunciou a expulsão dos soldados americanos do país.

 

Grande parte da mídia brasileira e internacional procurou responder a uma questão prática: “qual o impacto do aumento da tensão no Oriente Médio sobre o preço dos combustíveis?”.

 

Rodrigo Leão, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo e Gás Natural, conversou com diversos veículos, entre eles o jornal O Globo. Há pouco consenso entre os analistas consultados, mas, para o economista Rodrigo Leão, uma alta mais significativa dependerá de como os países da região, Rússia e China vão se posicionar em relação ao ataque:

“Veremos oscilações, e pode haver um aumento relevante. Em um Brasil que importa 17% do consumo interno, bem mais que os 5% de 2009, vai haver pressão para repasse nos preços”.

 

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, Leão também falou sobre pressões exercidas por importadores e caminhoneiros, caso o preço do barril de petróleo continue subindo. Destacou:

“Os importadores vão pressionar por reajuste rápido. Os caminhoneiros vão pressionar para que não suba. A Petrobras ficará no meio do caminho, mas a tendência é de que optem pelo reajuste, resultando em uma queda de braço. A primeira coisa a ser feita é manter a calma.”

 

Leão também falou com a Folha de Pernambuco, e disse que o comportamento das cotações do petróleo vai depender da reação de Rússia e China, que já declararam apoio ao Irã. “Se a Rússia se envolver de forma intensa, pode haver uma elevação mais abrupta das cotações”, avalia. Para ele, porém, ainda e cedo para fazer projeções. “[A postura da Petrobras] é uma postura correta, prudente”, afirma.

 

Em conversa com o canal em espanhol do portal Sputinik News, o economista teve uma longa conversa e disse que esta crise servirá como uma espécie de teste. “A verdade é que as petroleiras globais não costumam repercutir imediatamente altas nos preços. Elas olham a tendência a médio prazo”.

 

Para ler as matérias na íntegra, clique nos links abaixo:

O Globo: Tensão: EUA–Irã deixa cenário externo mais ameaçador para economia brasileira, dizem analistas

Correio Braziliense: Crise entre EUA e Irã: posição do Brasil opõe militares e ala ideológica

Folha de Pernambuco: Petrobras vai esperar petróleo acalmar para ajustar gasolina

Sputnik News: Petrolera semiestatal de Brasil espera desarollo de crisis EEUU–Irán para subir precios (em espanhol)

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