Ineep defende mudanças de longo prazo na política de preços dos combustíveis
A isenção tributária sobre os preços do óleo diesel e do gás de cozinha anunciada ontem (18/02) pelo presidente Jair Bolsonaro é uma medida paliativa. Enquanto o Preço de Paridade de Importação (PPI) estiver no centro da política de reajustes da Petrobras para os derivados do petróleo, caso as cotações internacionais se mantenham em alta e o câmbio desvalorizado, os preços dos combustíveis vão subir com frequência para o consumidor final, pois refletem as alterações desses indicadores.
Esta é a avaliação dos coordenadores técnicos do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Rodrigo Leão e William Nozaki, sobre o anúncio feito ontem pelo presidente Jair Bolsonaro.
Na opinião dos coordenadores do Ineep, é importante que o governo adote medidas fiscais para conter o aumento dos combustíveis, mas caso não se pense em nenhuma medida do ponto de vista estrutural, os preços continuarão sensíveis a qualquer movimento externo em razão do PPI. Um exemplo de que esta é uma política de curto prazo está no fato de que a isenção tributária sobre o diesel só compensa o último reajuste anunciado pela Petrobras.
Comunicação Ineep
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