Ineep comenta no Estadão e no Valor anúncio de redução de investimentos da Petrobras
A Petrobras anunciou na noite de segunda-feira (15) que vai reduzir os investimentos na exploração e produção de óleo e gás. Esses são justamente os setores que passaram a ser prioritários para a empresa desde o governo Temer. Rodrigo Leão, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) foi ouvido pelos jornais O Estado de S.Paulo e Valor Econômico para comentar o anúncio.
Na avaliação do especialista,
“a revisão do investimento pela Petrobras está em linha com o que outras companhias petrolíferas estão fazendo por conta da crise da pandemia de covid-19 e retração da cotação do petróleo. O que diferencia a estatal brasileira das demais é que a Petrobras, além da redução do investimento na exploração e produção de petróleo e gás, ainda mantém a estratégia de sair de outros segmentos da cadeia produtiva, como a petroquímica, do refino e de energias renováveis”.
Ao diminuir os investimentos no curto prazo sem definir seu planejamento de longo prazo, a empresa entra em dissonância com o que outras grandes do setor estão fazendo.
“É compreensível a preocupação da Petrobras com o curto prazo, diante da queda da cotação do petróleo. O problema é que a companhia não tem revisado sua atuação no longo prazo”
analisa Leão. O pesquisador acrescenta que, apesar de reduzir o investimento no E&P, a empresa continua focando no pré-sal. Portanto, com a concentração da sua atividade num único segmento da cadeia e região, o esperado é que fique cada vez mais refém das oscilações do preço do barril.
Nem mesmo o pré-sal escapa
Em sua fala ao Valor Econômico, Rodrigo Leão destacou que os cortes não são apenas em águas rasas e campos terrestres. Mesmo a área estratégica do pré-sal, no litoral sudeste, deve entrar nos atrasos. No Nordeste, a produção em águas profundas na costa de Sergipe, que estava prevista para 2024, saiu do novo plano e também deve ser postergada.
A notícia de O Estado de S.Paulo foi publicada no serviço exclusivo e fechado Broadcast. Leia a notícia completa no Valor Econômico (só para assinantes).
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