Ineep ao Estadão: Sem coordenação no refino, país pode ter “apagões” de combustível
Com a venda de 8 de suas 13 refinarias, a Petrobrás deixará de responder pela coordenação do abastecimento. Nova responsável, ANP, ainda não sabe como fará o trabalho.
O jornal O Estado de S.Paulo ouviu especialistas do Instituto de Estudos Estratégicos do Petróleo (Ineep) sobre o risco de “apagões” de combustíveis conforme a Petrobras se desfaz de seu parque de refino. A Agência Nacional do Petróleo, que passará a responder pela coordenação nacional do abastecimento, ainda estuda como lidar com o novo desafio. Especialistas de outras instituições também ouvidos pelo jornal concordam que a ameaça é real.
Legalmente, a coordenação do abastecimento já cabe à ANP. No entanto, como a estatal domina todo o parque de refino atual, na prática ela é a responsável por coordenar o abastecimento nacional. Agora, com a alienação de oito das 13 refinarias estatais – Refap (RS), Repar (PR), Rlam (BA), Rnest (PE), Reman (MA), Regap (MG), Six (PR) e Lubnor (CE) – a companhia petrolífera passa a ser apenas mais um agente do setor e deixa de responder pela coordenação do mercado. As dificuldades que devem advir das privatizações pairam especialmente sobre os estados da Bahia e do Rio Grande do Sul, por causa da carência de infraestrutura logística, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
A avaliação de Rodrigo Leão, coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), é que, num primeiro momento, podem acontecer desabastecimentos regionais por períodos mais longos. “Mas, com o tempo, empresas importadoras devem ocupar esses espaços. Já os ‘apagões’ pontuais tendem a ser mais frequentes”, diz.
Para ler a matéria completa (só para assinantes), acesse o texto na íntegra no jornal O Estado de S.Paulo.
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