Ampliação da Rnest é importante, mas a expansão do parque de refino deve ser mais ambiciosa, diz Ineep

Imagem na cor azul escuro, com o logotipo do Ineep ao centro.

A retomada da ampliação do parque de refino brasileiro, com as novas atividades na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), é essencial para um projeto de desenvolvimento nacional com segurança energética e autossuficiência na produção de derivados. A conclusão das obras do trem 1 da Rnest e o início do segundo trem são um impulso importante da Petrobras nessa agenda, mas ainda insuficientes. 

 

A avaliação é do diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Mahatma dos Santos, que destaca para a necessidade do projeto, “interrompido desde 2015 e substituído por um programa desastroso de venda de ativos estratégicos por valores abaixo do mercado”. O reinício das obras da Rnest foi anunciado ontem (18/01) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento, em Pernambuco.

 

“Sem dúvidas esses empreendimentos contribuirão para geração de emprego e renda no estado de Pernambuco, tanto na execução da obra quanto durante a operação das nova instalações. Ademais, a capacidade de processamento de óleo da refinaria, que passará de 115 mil para 130 mil barris de petróleo por dia em um primeiro momento e poderá chegar a 260 mil barris por dia em 2028, representará apenas cerca de 10,0% da capacidade de refino instalada hoje no país”, comentou ele. 

 

Segundo Santos, do ponto de vista nacional, esse incremento de 145 mil barris por dia até 2028, representará uma redução de aproximadamente 65% da diferença entre a demanda (consumo aparente) e a produção nacional de derivados, considerando a manutenção dos níveis atuais de consumo.

 

“Com base nestes números e diante da necessidade de busca pela autossuficiência na produção de derivados de petróleo, é que o Ineep defende uma expansão robusta do parque de refino da Petrobras”, acrescentou ele.

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