Importados ganham mercado de derivados enquanto Petrobras reduz produção

Imagem na cor azul escuro, com o logotipo do Ineep ao centro.

Um estudo do coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo e Gás (Ineep), William Nozaki, revela que houve aumento de 30% no número de empresas importadoras autorizadas a operar no Brasil, de 2015 a 2017. A maior parte delas estrangeiras. O documento é citado nesta quinta-feira (15) no jornal O Estado de S.Paulo na matéria Importação de derivados de petróleo ganha espaço no País, enquanto Petrobrás reduz produção própria.

 

 

O jornal teve acesso a dados da petrolífera British Petroleum (BP), que acompanha o comportamento do mercado no mundo todo. Segundo esses dados o Brasil, ao mesmo tempo em que avança na extração de petróleo no pré-sal, utiliza cada vez menos suas refinarias. Com menor processamento de petróleo e produção de derivados como os combustíveis automotivos gasolina e óleo diesel, o espaço fica aberto para as importadoras.

 

 

“Nozaki argumenta que uma combinação de fatores explica essa mudança no mercado interno de derivados de petróleo. A primeira delas é a política da Petrobrás de equiparar seus preços aos do mercado internacional. Com isso, em geral, seus produtos custam tanto quanto os importados e, em alguns momentos, podem sair até mais caros. A estatal também está usando menos suas refinarias do que no passado e ainda optou por vender ativos do segmento de produção e abastecimento de combustíveis, o que significa que está encolhendo sua atuação nessas áreas”.

 

 

O Ineep

O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis acompanha desde sua fundação a estratégia produtiva da Petrobras. O Ineep tem alertado que o abandono do refino – entre outras consequências – deixa a empresa muito mais vulnerável às flutuações dos preços internacionais de petróleo cru. Acompanhe o trabalho dos pesquisadores do Ineep em nossas redes sociais e no site ineep.org.br

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