Política de desenvolvimento da Petrobras: liderança tecnológica em risco
Embora a Petrobras e o Brasil possam se consolidar em posições de liderança tecnológica em termos mundiais no setor de petróleo e gás, esse futuro promissor está ameaçado, pois as políticas de desinvestimento da estatal realizadas pela gestão atual afetam negativamente o desenvolvimento de novas tecnologias. Abandonar esta atividade é comprometer o futuro da empresa.[...]
A transformação mundial e o “fenômeno Trump”
“O aparecimento de uma potência emergente é sempre um fator de desestabilização e mudança do sistema mundial, porque sua ascensão ameaça o monopólio das potências estabelecidas. Na verdade, porém, os grandes desestabilizadores do sistema são os próprios estados líderes ou hegemônicos, pois eles não podem parar de se expandir para manterem sua hegemonia – e[...]
A Petrobras e a “mão invisível” do agronegócio
Ao longo do último ciclo de crescimento econômico e de expansão dos investimentos no Brasil, sobretudo entre 2005 e 2012, a Petrobras exerceu um papel fundamental que só pôde ser cumprido graças a uma concepção de empresa integrada, atuando “do poço ao posto”, como núcleo dinamizador do projeto de desenvolvimento industrial e tecnológico do País.[...]
Endividamento da Petrobras: mitos e verdades
Pedro Parente, presidente da Petrobras, em entrevista ao Correio Braziliense em 04.12.2016, afirmou que: “a corrupção destruiu a Petrobras. Faz seis meses que estou na empresa. Acabou a bandalheira”. Aproveitando-se da perplexidade da população a respeito da corrupção na empresa, seu atual presidente construiu e reforçou essa narrativa, criando o seguinte mito: a corrupção teria[...]
O abandono do Prominp e o retrocesso da política de qualificação profissional
Ao longo dos anos 1990, quando o Brasil passou a conviver com elevadas taxas de desemprego e forte precarização do emprego, cresceram os estudos sobre as transformações observadas no mercado de trabalho naquele período. Uma das teses mais defendidas no meio empresarial e na grande mídia foi que os problemas observados no mercado de trabalho[...]
As mudanças recentes no refino brasileiro: uma bomba perto de explodir
Desde o início do governo Temer uma das prioridades da sua agenda econômica tem sido a forte abertura do setor petróleo. Para isso organizou-se, por um lado, uma célere reconstrução da (des)regulação do setor e, por outro, um programa agressivo de venda de ativos da Petrobras na tentativa de atrair capital privado para o setor.[...]
Os desinvestimentos da Petrobras e o atraso do Nordeste
Nos últimos anos, o Produto Interno Bruto do Nordeste cresceu a taxas superiores do que a média nacional. Além de políticas setoriais e econômicas importantes, os investimentos da Petrobras contribuíram do modo significativo para o crescimento econômico e a industrialização da região. As atuais medidas de desinvestimento adotadas pela gestão da estatal contribuem, porém, para[...]
A Petrobras pró-mercado e anti-nacional: o balanço do 1º trimestre e a lógica do curto-prazismo
O que há por trás dos resultados de curto-prazo? A Petrobras divulgou no último dia 11 de maio o seu balanço do 1º trimestre de 2017. A atual gestão e o mercado destacaram três resultados: 1) o EBITDA ajustado (lucro antes dos juros, impostos, amortizações e depreciações) de R$ 25,55 bilhões, 2% maior do[...]
A deterioração da Petrobras – o que está por trás dos testes de impairments?
Nos últimos três anos um termo contábil tem se destacado nos resultados financeiros e operacionais da Petrobras: impairment. Esse item tem influenciado diretamente nos prejuízos apresentados pela empresa em 2014, 2015 e 2016. Jornais, revistas especializadas no setor, acionistas e trabalhadores passaram a incorporar esse termo em seu vocabulário que, traduzido literalmente para o português,[...]
Desconstruindo o “consenso da insensatez” do crescimento
A economia brasileira atravessa uma de suas maiores crises. O Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 3,6% em 2016. O consumo das famílias e o investimento (FBCF) despencaram em termos reais, respectivamente, em -4,2% e -10,2%. A forte queda da FBCF foi puxada pela redução de 23% nos investimentos do setor público (administração pública e empresas[...]
A Shell e a corrupção na Nigéria
A atual gestão da Petrobrás tem promovido o desmonte e a descapitalização da empresa muitas vezes utilizando como justificativa para a opinião pública a necessidade de sanear uma companhia impactada frontalmente pela corrupção investigada pela Operação Lava Jato. O curioso é que a suposta preocupação com a ética e a lisura parece evaporar quando se[...]
Três mitos sobre a corrupção e a Petrobras
Desde 2014 a Petrobras passou a incorporar em seus balanços notas e observações gerais sobre os impactos financeiros e políticos da Operação Lava Jato na empresa, via de regra, sob o argumento da transparência. Tais itens buscam estabelecer uma relação causal falaciosa entre a prevenção da corrupção e a política de desinvestimento e privatização da[...]
A Petrobras na contramão das estratégias globais do setor
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou a venda pela Petrobras de 22,5% do bloco BM-S-11 no campo de Iarapara a empresa Total por um valor de 2,2 bilhões de dólares. Nesse campo, estima-se a existência de até 3 bilhões de barris recuperáveis de óleo, o que significa que a estatal brasileira vendeu para a[...]
Petrobras deveria reivindicar seu protagonismo na recuperação da economia
Em recente coluna na Folha de São Paulo, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que: “(…) Deveríamos estar empenhados em atrair novos investidores e em criar o ambiente necessário para que o capital disponível no mundo venha para o Brasil”. Segundo o seu raciocínio, existiria um ranço ideológico contrário ao capital estrangeiro e favorável[...]