Descoberta reforça Guiana como nova fronteira petrolífera na América do Sul

Foto: Shutterstock.

 

Em dezembro de 2019, a petrolífera estadunidense ExxonMobil anunciou a sua 15º descoberta de petróleo no bloco Stabroek no sudeste do campo de Liza, localizado no offshore da Guiana. Desde 2015, descobertas em alto mar no território guianense têm sido noticiadas, destacando o país como mais uma fronteira promissora de exploração e produção de petróleo na América do Sul. Esta última descoberta soma às reservas inicialmente estimadas de mais de 6 bilhões de barris equivalentes de óleo.

 

No mesmo mês, a primeira produção de petróleo na história do país foi iniciada no campo de Liza pelo FPSO Liza Destiny, plataforma que deve atingir sua capacidade total de 120 mil barris de óleo por dia nos próximos meses. Um segundo FPSO está em construção para poder entrar em operação por volta de 2022, com intuito de produzir 220 mil barris de óleo por dia.

 

De acordo com o vice-presidente de Exploração e Novos Empreendimentos da Exxon, Mike Cousins, há ainda a possibilidade de lançarem novos projetos de desenvolvimento no bloco Stabroek, prevendo atualmente uma produção de mais de 750 mil barris por dia até 2025. Operadora do bloco, a Exxon (45%) tem como sócias a estadunidense Hess Corp. (30%) e a chinesa CNOOC (25%).

 

Outras empresas petrolíferas estão interessadas na costa guianense. A britânica Tullow Oil, em parceria com a francesa Total e a canadense Eco Atlantic Oil & Gas, também estão envolvidas na exploração de petróleo na Guiana, tendo descoberto em setembro de 2019 um novo poço no bloco Orinduik. Neste, a britânica é operadora e conta com 60% de participação, enquanto a francesa possui 25% e a canadense,15%.

 

As recentes descobertas e o início da produção de petróleo no país aumentam a relevância estratégica da região, indicando a importância do continente sul-americano como fornecedor para os mercados mundiais de petróleo. Atrás da Venezuela e do Brasil em termos de reservas estimadas, a Guiana desponta enquanto nova fronteira de exploração e produção de petróleo, reforçando, desse modo, a tese de reposicionamento da América do Sul na indústria petrolífera mundial.

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