Governo despreza refino nacional e busca outras alternativas para frear altas nos preços

Rodrigo Leão
Correio Braziliense
Imagem na cor azul escuro, com o logotipo do Ineep ao centro.

O jornal Correio Braziliense informa, em matéria de Augusto Fernandes, que o governo está trabalhando em um plano para impedir que as altas no preço internacional do petróleo tenham menor impacto no preço dos combustíveis aqui no Brasil. Segundo o ministro de Minas e Energias, Bento Albuquerque, a ideia seria utilizar recursos dos royalties e participações especiais do petróleo para compensar eventuais impactos.

 

Representantes do setor entrevistados na matéria dizem que a estratégia faz sentido. Entretanto, para o coordenador-técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Rodrigo Leão, o Estado não pode ficar restrito apenas ao debate de natureza fiscal.

 

“Também é recomendável olhar um pouco para o que acontece hoje no setor de refino do Brasil. Nos últimos anos, o país tem enfrentado uma nova realidade: a de redução do uso do parque de refino da Petrobras. Do volume de 2,3 milhões de barris de derivados que a empresa pode produzir por dia, ela está refinando de 1,7 a 1,8 milhão de barris. Ou seja, em vez de usarmos as nossas refinarias para produzir gasolina, estamos indo lá fora comprar dos Estados Unidos, da Argélia e de outros países”, alerta.

 

Entre janeiro e novembro de 2019, o volume de importação de óleos combustíveis cresceu 12,4% na comparação com o mesmo período de 2018, com o Brasil tendo gasto US$ 6,26 bilhões na compra de derivados do petróleo do exterior. “Se a Petrobras refinasse mais petróleo aqui, dependeríamos menos de importação e reduziríamos os impactos causados pela volatilidade do mercado internacional. Além disso, quanto mais derivado tiver no mercado interno, a tendência é que mais volátil fique o preço”, destaca Leão.

 


Leia a matéria completa no Correio Braziliense.

 

Comunicação Ineep

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