Ineep e SESI debatem transição energética e mobilidade

Imagem na cor azul escuro, com o logotipo do Ineep ao centro.

Não concessão de subsídios, não discriminação das diferentes rotas tecnológicas, avaliação dos impactos econômicos e sociais e maior atenção aos veículos pesados no processo da transição energética. Essas são algumas das recomendações de políticas públicas para o Brasil do estudo “Trajetórias tecnológicas mais eficientes para a descarbonização da mobilidade”, apresentado, hoje (25/04), a representantes do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) e do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI), pelo economista, professor e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

 

“O princípio do estudo é respeitar a estratégia das montadoras e a escolha do consumidor”, comentou Coutinho, ao apresentar o trabalho recém-concluído e desenvolvido pela LCA Consultores e MTEMPO Capital sob encomenda de um grupo de entidades das classes empresarial e trabalhista. Para Coutinho, a mudança climática é o desafio mais dramático e relevante para a humanidade, e enfrentá-la também é um grande desafio.

 

A mesa redonda de hoje, “A mobilidade automotiva de baixo carbono, as opções do Brasil”, faz parte do projeto em parceria do Ineep com o Sesi que estuda a transição energética e a descarbonização, cujo objetivo é um diagnóstico de quatro setores:  automobilístico, óleo e gás, petroquímico e elétrico, segundo informou a coordenadora do Instituto nesta pesquisa, Brenda Espíndola.

 

“Este é um importante debate para o futuro da indústria e da economia brasileira”, comentou, por sua vez, o superintendente-executivo do SESI, Wagner Oliveira. O Ineep, segundo seu diretor- técnico, Mahatma dos Santos, se aprofundou, em 2021, na agenda da transição energética e da descarbonização, pensando nos desafios da sociedade brasileira.

 

E, de fato, são muitos os desafios, segundo mostrou o ex-presidente do BNDES em sua apresentação. Entre os cenários, destacam-se, por exemplo, os efeitos positivos para a economia brasileira e para o mercado de trabalho do uso da tecnologia híbrida flex, enfatizando o etanol, maiores do que os que privilegiam os veículos elétricos.  Já na comparação entre o papel dos dois no processo da descarbonização, estes últimos levam vantagem para a redução da emissão de gás com efeito estufa, o que já não ocorre ao longo de seu processo industrial.